quarta-feira, 9 de junho de 2010

Etapa 8 - Passo 1

SE SE MORRE DE AMOR!

Meere und Berge und Horizonte zwischen
den Liebenden – aber die Seelen versetzen
sich aus dem staubigen Kerker und treffen
sich im Paradiese der Liebe.
schiller, die räuber

Se se morre de amor! — Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n'alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d'amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio,
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro
Clarão, que as luzes no morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D'amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração — abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d'extremos,
D'altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr'ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D'aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa alma
Fontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!
Amar, e não saber, não ter coragem
Para dizer que amor que em nós sentimos;
Temer qu'olhos profanos nos devassem
O templo, onde a melhor porção da vida
Se concentra; onde avaros recatamos
Essa fonte de amor, esses tesouros
Inesgotáveis, d'ilusões floridas;
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compr'ender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!
Se tal paixão porém enfim transborda,
Se tem na terra o galardão devido
Em recíproco afeto; e unidas, uma,
Dois seres, duas vidas se procuram,
Entendem-se, confundem-se e penetram
Juntas — em puro céu d'êxtases puros:
Se logo a mão do fado as torna estranhas,
Se os duplica e separa, quando unidos
A mesma vida circulava em ambos;
Que será do que fica, e do que longe
Serve às borrascas de ludíbrio e escárnio?
Pode o raio num píncaro caindo,
Torná-lo dois, e o mar correr entre ambos;
Pode rachar o tronco levantado
E dois cimos depois verem-se erguidos,
Sinais mostrando da aliança antiga;
Dois corações porém, que juntos batem,
Que juntos vivem, — se os separam, morrem;
Ou se entre o próprio estrago inda vegetam,
Se aparência de vida, em mal, conservam,
Ânsias cruas resumem do proscrito,
Que busca achar no berço a sepultura!
Esse, que sobrevive à própria ruína,
Ao seu viver do coração, — às gratas
Ilusões, quando em leito solitário,
Entre as sombras da noite, em larga insônia,
Devaneando, a futurar venturas,
Mostra-se e brinca a apetecida imagem;
Esse, que à dor tamanha não sucumbe,
Inveja a quem na sepultura encontra
Dos males seus o desejado termo!

Os elementos contidos no poema são típicos da 2ª geração, ou seja, do ultra- romantismo, uma vez que, estavam sob forte influência clássicas (numa volta às origens medievalistas), no qual o autor se inspirou no estilo byroniano, de modo que, o lírico-amoroso fica caracterizado pelo amor impossível e exagerado; e, a presença da epígrafe no início do poema nos remete ao estado de sentimento melancólico em que eu-lírico se encontra, esses sentimentos, por vezes, são confundidos com suas experiências mal-sucedidas.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Etapa nº 08 - Romantismo no Brasil - Passo 02

O romantismo faz resgate de diversas tendências de movimentos passados, inclusive do trovadorismo com suas novelas cavalarias. O romantismo brasileiro, por sua vez, faz reaproveitamento de temas que são europeus, criando versões compatíveis com o universo da colônia.
Desse modo, a exaltação da natureza e da figura do índio no romantismo brasileiro substitui o resgate dos temas medievais do romantismo europeu. Esse é o primeiro paralelo que podemos traçar entre o romance "Iracema", de José de Alencar, e "Tristão e Isolda", da tradição celta.
O romance vivido pela índia Iracema, filha do pajé, e de Martin Soares Moreno acontece em moldes similares do romance entre o princípe Tristão e a princesa Isolda.
Ambos os casais pertencem a povos diferentes que vivem um conflito e se conhecem sob circunstâncias tensas. Iracema conhece Martin em uma situação de perigo, entretanto, o acolhe logo depois. Isolda acolhe Tristão sem saber que seus povos estavam em guerra e que ele havia matado o campeão de seu reino. Nos dois romances, o interesse amoroso se dá quase de forma instantânea e os relacionamentos existem também sob circunstâncias adversas.
A relação entre a bebida alucinógena de Jurema que Iracema usa e o filtro do amor que a mãe de Isolda prepara e que acaba juntando Isolda à Tristão é muito curiosa. As poções unem os dois casais e ocupam um ponto central na trama e no relacionamento deles.
Nos dois romances, há muitos confrontos girando em torno do casal, sendo causados ou não por eles. A inimizade que nasce entre Tristão e seu tio, bem como a necessidade de Martin ter de enfrentar Irapuã e posteriormente os membros da tribo de Iracema, são elementos paralelos dos romances.
O fim trágico das histórias traça também a relação entre elas por indicar a impossibilidade do amor e fortalecer o conceito romântico reciclado da idéia do amor platônico que o amor para ser verdadeiro ele não deve ser realizado, deixando explícita a crença de que o amor paixão é intenso e inconseqüente, levando os amantes a um fim trágico e inevitável.
Não se pode esquecer que os dois romances também partilham a noção de lenda, ambos buscando contar tristes histórias de amor com fundo histórico e que fazem parte da identidade cultural de povos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Etapa 7- Passo 2

Passo 2 -

“Trata-se de um romance, de um drama — cuidas que vamos estudar a história, a natureza, os monumentos, as pinturas, os sepulcros, os edifícios, as memórias da época? Não seja pateta, senhor leitor, nem cuide que nós o somos. Desenhar caracteres e situações do vivo na natureza, colori-los das cores verdadeiras da história... isso é trabalho difícil, longo, delicado, exige um estudo, um talento, e sobretudo um tato!...”
No trecho acima o autor Almeida Garrett, estabelece uma narrativa, na qual , situa o leitor em sua prosa. Além disso, mantém esse contato através de uma linguagem popular, as tensões românticas fica na fuga da cidade por meio de suas viagens como no trecho que se inicia o capítulo 5: ”Chega o A. ao pinhal da Azambuja e não o acha. Trabalha-se por explicar este fenômeno pasmoso. Belo rasgo de estilo romântico. — Receita para fazer literatura original com pouco trabalho. — Transição clássica: Orfeu e o bosque de Mênalo. — Desce o A. destas grandes e sublimes considerações para as realidades materiais da vida: é desamparado pela hospitaleira traquitana e tem de cavalgar na triste mula de arrieiro. Admirável choito do animal. Memória do Marquês de F. que adorava o choito.”; assim, o real se mistura com o fictício de suas viagens pessoais dando ao leitor impressões de que o que se lê é real.
No capítulo 6 , o autor faz uso de digressões biográficas para afirmar a realidade das viagens e quando se refere a outras de suas obras, como no trecho que se inicia o capítulo: “Prova-se como o velho Camões não teve outro remédio senão misturar o maravilhoso da mitologia com o do Cristianismo. — Dá-se razão, e tira-se depois ao Padre José Agostinho. — No meio destas dissertações acadêmico-literárias vem o A. a descobrir que para tudo é preciso ter fé neste mundo. Diz-se neste mundo, porque, quanto ao outro já era sabido. — Os Lusíadas, o Fausto e a Divina Comédia — Desgraça do Camões em ter nascido antes do Romantismo. — Mostra-se como a Estige e o Cocito sempre são melhores sítios que o Inferno e o Purgatório. — Vai o A. em procura do Marquês de Pombal, e dá com ele nas ilhas Beatas do poeta Alceu. — Partida de uíste entre os ilustres finados. — Compaixão do Marquês pelos pobres homens de Ricardo Smith e J.B. Say. — Resposta dele e da sua luneta às perguntas peralvilhas do A. — Chegada a este mundo e ao Cartaxo.”; a tensão clássica fica por conta da linguagem utilizada por todo capítulo.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Viagens na Minha Terra

Etapa nº 7
Passo 1
Essa prosa tem como referência dois dos mais variados estilos como o novelesco e o real. Foi um marco na carreira de Almeida Garrett e é composta de duas etapas. Ele consegue enriquecer sua obra mesclando outras obras como: Napoleão, Shakespeare e Camões.
Para Antônio José Saraiva, os conflitos políticos e as alterações na estrutura social nos inícios do séc. XIX tiveram como resultado significativo o conceder à burguesia e às camadas populares uma importância cada vez maior. É uma nova atitude perante a vida que surge, arrastando consigo uma nova concepção de literatura. A vida do escritor decorre agora em novos ambientes democratizados: círculos e tertúlias literários, cafés, salões literários, redações de jornais. O mecenato está em decadência e o escritor começa a sentir a existência de um público, a considerar as suas necessidades e exigências. É neste aspecto que se afirma que “o Romantismo é, na sua raiz, o resultado do acesso das massas burguesas à literatura”

domingo, 30 de maio de 2010

Etapa nº 07 - Romantismo - Passo 03

Passo 03


Os dois romances são preenchidos de obstáculos e fadados a um fim trágico desde o início, com muitas notas fatalistas.
O amor nasce em meio a uma rivalidade entre famílias e depois se torna proibido por causa das convenções sociais existentes. No caso de Tristão e Isolda, o casamento dela com o tio de Tristão proibe o romance deles e, no caso de Simão e Teresa, o desejo do pai da moça em casá-la com outro vem para obstar seu relacionamento.
Há muitas atitudes desesperadas em ambas histórias, como encontros arriscados e secretos e confrontos violentos, além de períodos onde os amantes são afastados e caem em doenças e depressões que prometem ceifar-lhes a vida.
Tanto o casal medieval quanto o romântico busca encontrar-se as escondidas, tem desejos de fugir e contam com a ajuda de terceiros para comunicar-se e ocultar seus romances.
Apesar das particularidades dos momentos históricos, os personagens são caracterizados com similaridades.
Simão é mostrado como um rapaz aguerrido e de pensamentos revolucionários, porém brando e dócil para o amor, disposto a sacrifícios e loucuras por seu amor, o herói do romantismo ideal. Tristão, de modo similar, é descrito como nobre e valente, e o ideal do cavaleiro medieval, cristão e puro.
Teresa é uma jovem amável e crente no amor, leal aos seus sentimentos por Simão, lutando por eles até o fim, do mesmo modo que Isolda. Nenhuma delas teme a morte ou desagradar pessoas próximas com sua decisão.
O desfecho trágico dos dois romances encerra em si o conceito de que o amor intenso, apaixonado e verdadeiro não é para durar ou mesmo existir.

sábado, 22 de maio de 2010

Etapa 6 Passo 1 e 3

Passo 1

A partir da leitura dos três sonetos abaixo, indique e justifique em que linha da obra de Bocage, dentre as que acabamos de descrever, cada um deles se enquadraria.
Sonetos:
Oh retrato da morte, oh Noite amiga
Por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha de meu pranto,
De meus desgostos secretária antiga!

Pois manda Amor, que a ti somente os diga,
Dá-lhes pio agasalho no teu manto;
Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto
Dorme a cruel, que a delirar me obriga:

E vós, oh cortesãos da escuridade,
Fantasmas vagos, mochos piadores,
Inimigos como eu, da claridade!

Em bandos acudi aos meus clamores;
Quero a vossa medonha sociedade,
Quero fartar meu coração de horrores.

Esse soneto apresenta características do tema 2; por falar de angústia, temas noturnos e mortuários, considerando-o pré-romântico visto que, essas são características encontradas num romance; como no verso a seguir: Oh retrato da morte, oh Noite amiga / Por cuja escuridão suspiro há tanto!/ Calada testemunha de meu pranto, / De meus desgostos secretária antiga
Olha, Marília, as flautas dos pastores,
que bem que soam,como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes
os Zéfiros brincar por entre as flores?

Vê como ali, beijando-se, os Amores
incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
as vagas borboletas de mil cores!

Naquele arbusto o rouxinol suspira;
ora nas folhas a abelhinha pára,
ora nos ares, sussurrando, gira.
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira,
mais tristeza que a noite me causara.

Esse soneto trata-se de um tema bucólico, que indica um lugar ideal e sossegado com uma natureza perfeita, tranquila e própria para o encantamento amoroso, além disso, ele marca bem a presença do recurso locus amoenus e do recurso carpe diem (aproveitar o dia, o gozar agora) que está presente nos versos: “Naquele arbusto o rouxinol suspira;/ ora nas folhas a abelhinha pára, /ora nos ares, sussurrando, gira. /Que alegre campo! Que manhã tão clara!/ Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira, /mais tristeza que a noite me causara”.

Levanta Alzira os olhos pudibunda
Para ver onde a mão lhe conduzia;
Vendo que nela a porra lhe metia
Fez – se mais do que o nácar rubicunda:

Toco o pentelho seu, toco a rotunda
Lisa bimba, onde Amor seu trono erguia;
Entretanto em desejos ardia,
Brando licor o pássaro lhe inunda:

“mais depressa” - lhe digo então morrendo,
Enquanto ela sinais do mesmo dava;
Mística pívia assim fomos comendo.

No soneto acima, tem como característica vocabulários chulos com o objetivo ofensivo de rebaixar a pessoa citada. Para isso, o autor faz uso de uma linguagem chula, mas , também causa riso nas pessoas que o leem. E, embora seja um soneto satírico o autor mantêm estilo e sofisticação na escolhas das palavras caracterizando – o como soneto como visto nos versos: “Enquanto ela sinais do mesmo da; / Mística pívia assim fomos comendo”.


Passo 3 - Em sua Formação da Literatura Brasileira Antonio Candido compreende a “literatura” como uma forma de “sistema”. Os fatores necessários para a formação de tal sistema e, portanto, essenciais para a existência do que entende como sendo “literatura” seriam: o público, os escritores e as obras. Por isso, segundo esse ponto de vista, o primeiro momento histórico-literário no Brasil que conseguiu definir de fato uma prática literária foi o Arcadismo. Explique quais os motivos que levaram Antonio Candido, em seu texto “A dois séculos d’O Uruguai”, a considerar a obra de Basílio da Gama (1740-1795) como sendo uma espécie de anti-epopéia? Qual elemento Candido considera que acaba salvando o poema, pelo fato de passar a ocupar o primeiro plano, mesmo que a princípio aparecesse como um mero pretexto?

Embora o poema seja apresentado como uma epopéia, ele não tem sua estrutura. O herói General Gomes não é representado como o típico herói épico e, não há um confronto explícito entre o bem o mal como em Os lusíadas de Camões. Os índios no poema são caracterizados como “o maravilhoso”, e, os jesuítas como os verdadeiros vilões da história por estarem na ilegalidade. O foco principal tratado por Basílio da Gama recai sobre o embate e o questionamento dos valores civilizados e primitivos, ou seja, um choque entre a cultura européia e a cultura primitiva dos índios, que eram os reais donos do território. Assim, Antonio Candido o considera um poema histórico, lírico e didático, visto que, traz características do nacionalismo indígena, característica essa que acaba salvando o poema na opinião de Antonio Candido, pois, se trata de forma indireta, a crítica do processo de colonização do europeu no Novo Mundo. O Uraguai, então, passa a ser visto e considerado como um momento importante na tomada de consciência do Brasil pela literatura que lança as bases do indianismo.



sexta-feira, 21 de maio de 2010

Etapa nº 06 - Arcadismo - Passo 04

"Caramuru" é um poema épico de dez cantos nos moldes de "Os Lusíadas", que conta a história de Diogo Álvares Correia, que naufragou na costa da Bahia e foi resgatado por índios Tupinambás. Ao ajudar a tribo durante um ataque de índios inimigos, Diogo é tido como um enviado por Tupã e herói. Ao impressioná-los pelo uso da espingarda, foi chamado de "Caramuru", cujo significado pode ser "moréia" ou "dragão do mar" ou ainda "filho do trovão".
Por estabelecer essa boa relação com a tribo, ele começa a catequizar os Tupinambás e a receber a obediência deles.
Posteriormente, ele se destaca em um novo conflito causado pela disputa do amor de Paraguaçu, entre os Caetés e os Tupinambás. Dominando o inimigo, Diogo recebe Paraguaçu como esposa e forma uma igreja em uma gruta próxima, para que os índios pratiquem a fé cristão.
Mais tarde, salva uma nau espanhola e depois volta para Europa, levando Paraguaçu consigo, onde, na França, ela é batizada recebendo o nome de Catarina do Brasil.
A epopéia tipifica assim a união entre o povo nativo,tido como brasileiro, e o lusitano, além de glorificar o domínio português sobre os nativos e a terra, mostrando índios submissos e encantados pelo poder e elevando um europeu (emboaba) à status de resgatador filho de deus.
O objetivo do texto é contar a colonização da Bahia e colocar a conversão ao cristianismo como forma de redenção para os nativos indígenas.
Antônio Cândido afirma que a epopéia possui os elementos conflitantes de brandura e dureza, entendendo "movimento" como acontecendo nas passagens que descrevem e exaltam a guerra e a violência, enquanto as "paradas" acontecendo nos trechos que expressam serenidade, piedade e contendo descrições belas e ricas da natureza e de sentimentos.
Segundo Cândido, embora a epopéia tivesse objetivo de exaltar a necessidade de catequizar os índios e de defender a fé católica, seu autor dedicou-se mais às seqüencias que compõe os momentos de movimento, estendendo-se nas descrições e nos detalhes das batalhas. Embora a peça não deva ser divida em duas de forma abrupta, o "movimento", muito mais presente, se torna mais relevante, por deixar explícito os motivos e a preferência do autor, além de fazer com que "Caramuru" se torne uma epopéia de língua de portuguesa independente de "Os Lusíadas".

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