Blog criado por alunas do 3º Semenstre do curso de Letras da Faculdade Comunitária de Indaiatuba para a confecção do trabalho de ATPS da disciplina Literaturas de Língua Portuguesa ministrada pelo Prof. Guilherme Nicésio.
domingo, 30 de maio de 2010
Etapa nº 07 - Romantismo - Passo 03
Os dois romances são preenchidos de obstáculos e fadados a um fim trágico desde o início, com muitas notas fatalistas.
O amor nasce em meio a uma rivalidade entre famílias e depois se torna proibido por causa das convenções sociais existentes. No caso de Tristão e Isolda, o casamento dela com o tio de Tristão proibe o romance deles e, no caso de Simão e Teresa, o desejo do pai da moça em casá-la com outro vem para obstar seu relacionamento.
Há muitas atitudes desesperadas em ambas histórias, como encontros arriscados e secretos e confrontos violentos, além de períodos onde os amantes são afastados e caem em doenças e depressões que prometem ceifar-lhes a vida.
Tanto o casal medieval quanto o romântico busca encontrar-se as escondidas, tem desejos de fugir e contam com a ajuda de terceiros para comunicar-se e ocultar seus romances.
Apesar das particularidades dos momentos históricos, os personagens são caracterizados com similaridades.
Simão é mostrado como um rapaz aguerrido e de pensamentos revolucionários, porém brando e dócil para o amor, disposto a sacrifícios e loucuras por seu amor, o herói do romantismo ideal. Tristão, de modo similar, é descrito como nobre e valente, e o ideal do cavaleiro medieval, cristão e puro.
Teresa é uma jovem amável e crente no amor, leal aos seus sentimentos por Simão, lutando por eles até o fim, do mesmo modo que Isolda. Nenhuma delas teme a morte ou desagradar pessoas próximas com sua decisão.
O desfecho trágico dos dois romances encerra em si o conceito de que o amor intenso, apaixonado e verdadeiro não é para durar ou mesmo existir.
sábado, 22 de maio de 2010
Etapa 6 Passo 1 e 3
Passo 1
A partir da leitura dos três sonetos abaixo, indique e justifique em que linha da obra de Bocage, dentre as que acabamos de descrever, cada um deles se enquadraria.
Sonetos:
Oh retrato da morte, oh Noite amiga
Por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha de meu pranto,
De meus desgostos secretária antiga!
Pois manda Amor, que a ti somente os diga,
Dá-lhes pio agasalho no teu manto;
Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto
Dorme a cruel, que a delirar me obriga:
E vós, oh cortesãos da escuridade,
Fantasmas vagos, mochos piadores,
Inimigos como eu, da claridade!
Em bandos acudi aos meus clamores;
Quero a vossa medonha sociedade,
Quero fartar meu coração de horrores.
Esse soneto apresenta características do tema 2; por falar de angústia, temas noturnos e mortuários, considerando-o pré-romântico visto que, essas são características encontradas num romance; como no verso a seguir: Oh retrato da morte, oh Noite amiga / Por cuja escuridão suspiro há tanto!/ Calada testemunha de meu pranto, / De meus desgostos secretária antiga
Olha, Marília, as flautas dos pastores,
que bem que soam,como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes
os Zéfiros brincar por entre as flores?
Vê como ali, beijando-se, os Amores
incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
as vagas borboletas de mil cores!
Naquele arbusto o rouxinol suspira;
ora nas folhas a abelhinha pára,
ora nos ares, sussurrando, gira.
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira,
mais tristeza que a noite me causara.
Esse soneto trata-se de um tema bucólico, que indica um lugar ideal e sossegado com uma natureza perfeita, tranquila e própria para o encantamento amoroso, além disso, ele marca bem a presença do recurso locus amoenus e do recurso carpe diem (aproveitar o dia, o gozar agora) que está presente nos versos: “Naquele arbusto o rouxinol suspira;/ ora nas folhas a abelhinha pára, /ora nos ares, sussurrando, gira. /Que alegre campo! Que manhã tão clara!/ Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira, /mais tristeza que a noite me causara”.
Levanta Alzira os olhos pudibunda
Para ver onde a mão lhe conduzia;
Vendo que nela a porra lhe metia
Fez – se mais do que o nácar rubicunda:
Toco o pentelho seu, toco a rotunda
Lisa bimba, onde Amor seu trono erguia;
Entretanto em desejos ardia,
Brando licor o pássaro lhe inunda:
“mais depressa” - lhe digo então morrendo,
Enquanto ela sinais do mesmo dava;
Mística pívia assim fomos comendo.
No soneto acima, tem como característica vocabulários chulos com o objetivo ofensivo de rebaixar a pessoa citada. Para isso, o autor faz uso de uma linguagem chula, mas , também causa riso nas pessoas que o leem. E, embora seja um soneto satírico o autor mantêm estilo e sofisticação na escolhas das palavras caracterizando – o como soneto como visto nos versos: “Enquanto ela sinais do mesmo da; / Mística pívia assim fomos comendo”.
Passo 3 - Em sua Formação da Literatura Brasileira Antonio Candido compreende a “literatura” como uma forma de “sistema”. Os fatores necessários para a formação de tal sistema e, portanto, essenciais para a existência do que entende como sendo “literatura” seriam: o público, os escritores e as obras. Por isso, segundo esse ponto de vista, o primeiro momento histórico-literário no Brasil que conseguiu definir de fato uma prática literária foi o Arcadismo. Explique quais os motivos que levaram Antonio Candido, em seu texto “A dois séculos d’O Uruguai”, a considerar a obra de Basílio da Gama (1740-1795) como sendo uma espécie de anti-epopéia? Qual elemento Candido considera que acaba salvando o poema, pelo fato de passar a ocupar o primeiro plano, mesmo que a princípio aparecesse como um mero pretexto?
Embora o poema seja apresentado como uma epopéia, ele não tem sua estrutura. O herói General Gomes não é representado como o típico herói épico e, não há um confronto explícito entre o bem o mal como em Os lusíadas de Camões. Os índios no poema são caracterizados como “o maravilhoso”, e, os jesuítas como os verdadeiros vilões da história por estarem na ilegalidade. O foco principal tratado por Basílio da Gama recai sobre o embate e o questionamento dos valores civilizados e primitivos, ou seja, um choque entre a cultura européia e a cultura primitiva dos índios, que eram os reais donos do território. Assim, Antonio Candido o considera um poema histórico, lírico e didático, visto que, traz características do nacionalismo indígena, característica essa que acaba salvando o poema na opinião de Antonio Candido, pois, se trata de forma indireta, a crítica do processo de colonização do europeu no Novo Mundo. O Uraguai, então, passa a ser visto e considerado como um momento importante na tomada de consciência do Brasil pela literatura que lança as bases do indianismo.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Etapa nº 06 - Arcadismo - Passo 04
Etapa nº 06 - Arcadismo - Passo 02
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Etapa nº 5 Barroco Passo 3
O soneto trata-se de poesia religiosa.
Porque há como características a religião, o arrependimento e autopunição.
Anadiplose é a figura de linguagem que consiste em repetir a última palavra ou expressão de uma oração ou frase no começo do verso seguinte.
Ofendi-vos, meu Deus, bem é verdade,
É verdade, meu Deus, que hei delinquido,
Delinquido vos tenho, e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.
Aos afetos, e lágrimas derramadas na ausência da dama a quem queria bem.
Esse soneto trata-se de poesia lírica.
Antítese consiste em duas ideias opostas lado a lado em uma mesma frase.
Pois para temperar a tirania,
Como quis, que aqui fosse a neve ardente,
Permitiu, parecesse a chama fria.
Paradoxo consiste em combinar palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, contexto, reforçam a expressão.
Ardor em firme coração partido!
Pranto por belos olhos derramados!
Incêndio em mares de água disfarçado!
Rio de neve me fogo convertido!
Oximoro são figuras que combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto reforçam a expressão.
Incêndio em mares de água disfarçado.
Rio de neve em fogo convertido.
Quiasmo é uma espécie de antítese que consiste no cruzamento de grupos de palavras paralelas, de forma que a 1ª corresponda à 4ª e a 2ª corresponda à 3ª = AB e BA, ou seja, essas palavras são repetidas de forma inversa, de maneira que o final do primeiro segmento é o início do segundo.
Quando fogo, em cristais aprisionado;
Quando cristal, em chamas derretido.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Etapa 5 Barroco - Passo 1
Deste modo, a literatura portuguesa deixava de ter recursos europeus para ganhar forças no âmbito colonial, por se tratar de conflitos humanos, mencionando as condições em que as pessoas viviam nas colônias (índios e negros escravos), a defesas dos judeus; sempre argumentados com ideias e conceitos bíblicos, durante os seus sermões que também tinham caráter político, utilizando - se assim, dos recursos jesuíticos em suas obras.
domingo, 2 de maio de 2010
Etapa nº 05 - Barroco - Passo 02
Bento Teixeira usou "Os Lusíadas" de Camões como modelo par construir sua obra. Isto é evidente por causa da estrutura do poema, que foi escrito em oitava rima com versos decassilabos heróicos. Também, a "Prosopopéia" usa uma sintaxe clássica similar aos de "Os Lusíadas", além de seguir o padrão por dividir sua epopéia em seções de proposição, invocação e dedicação.
A novidade que "Prosopopéia" traz, em relação à obra de Camões, tem a ver com o cenário, visto que a história se passa em terras Brasileiras, e também, o tema, visto que descreve os feitos de batalha de Jorge D'Alburqueque e seu irmão contra os mouros na África, incluindo seus apuros na prisão e a morte de Duarte.
"Prosopopéia" narra a vida e as aventuras de Jorge D'Albuquerque Coelho, terceiro donatário da Capitania de Pernambuco, e de seu irmão, Duarte. Os acontecimentos narrados se passam em terras pernambucanas e durante a batalha de Alcacer-Quibir, na África, onde os dois irmãos tiveram grande participação a serviço do Rei. D Sebastião.